segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Crescer ...

Como faz falta ser criança novamente, levantar no meio da madrugada por ter sonhado com monstros embaixo da cama, e que hoje em dia, passo madrugadas em claro, sem saber o que fazer para melhorar a minha vida, se as escolhas que eu faço, estão me fazendo bem, e se nessas escolhas, estarei mais perto da minha felicidade. Sinto saudades de que a única coisa que me deixava com raiva era não ter aquele brinquedo tão legal que estava exposto na vitrine, e hoje em dia tenho raiva das pessoas que se parecem ser uma coisa, se mostram por um tempo ser tudo aquilo que se mais deseja, e logo depois mostram-se a verdadeira face, de falsidade e de inútil. Lembro-me bem o quanto ficava feliz em ajudar minha mãe nas compras do mercado desde pequeno, ia com a lista e o carrinho de compras, e ia de um lado pro outro, sem pressa, mesmo com a fila imensa, não me importava de esperar ali uns 20, 35, 45 minutos. E hoje em dia ainda tem gente que quando se torna adulto, se nega a ir a uma padaria pela manhã, porque simplesmente está cedo demais e que quer dormir, isso muitas vezes me enoja, em saber que se fosse para estar com os amigos bebendo horrores esse "incompetente" não hesitaria e lá estaria distribuindo sorrisos, se achando "Feliz". Era tão bom ficar ansioso ao olhar pra porta se abrindo e ver mamãe e papai chegando do trabalho, e mesmo cansados, me pegavam no colo, e diziam ao me abraçar o quanto estavam sentindo a minha falta, como era a grande a saudade em me ver, e o quanto sou importante na vida deles, e o quanto o amor é grande dia após dia. Eu nasci, cresci, e fui ensinado a amar tão intensamente algo que me fizesse um bem inenarrável, e somente depois de um tempo, comecei a me pôr a prova disso, só que ainda não encontrei esse "Bem", por me doar tanto, fiquei vazio. Por sonhar demais, acabei ficando cada vez mais com os pés no chão. Só existe final feliz, em quadrinhos, filmes e desenhos, e não creio muito isso na realidade de hoje. Deixei de dar valor as coisas grandes para poder dar atenção as coisas simples, e acredite é incrível, porém, ninguém mais prefere perder tempo com isso. Passei a ouvir mais, a ajudar mais, e é uma terapia tão boa para si mesmo, que faço isso sem cobrar nada, apenas que a pessoa se sinta bem, e que tenha alguém em que possa contar e confiar, e se eu puder ajudar, melhor ainda, e se não der, pelo menos tem meu ombro onde se repousar. Tudo se vem se perdendo, a ingenuidade, a inocência e vem transformando a maturidade, a responsabilidade, o objetivo. Crescer é tão ruim, conhecemos o que é o verdadeiro amor e ao mesmo tempo o que é um sofrimento de verdade, quisera eu ser um menino, uma criança indefesa novamente, em que a única coisa que me preocupava eram trovões e relâmpagos em dias de chuva.

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