domingo, 28 de outubro de 2012

O espelho

Não importa, não quero saber. Quero sorrisos verdadeiros, abraços contagiosos, olhares profundos e palavras que completem. Quero a realidade como espelho, e nele olhar tudo que me faça realmente viver, e assim saber que nele mesmo embaçado, posso tocá-lo do mesmo jeito, posso me enxergar mesmo que desfocalizado, consiga me ver. E quando limpá-lo ver minha imagem nele novamente, e saber que toda vez em que olhar para o espelho, terei a certeza de ver algo novo. Cabelo crescendo, o rosto amadurecendo, marcas na pele informando que você está cada vez mais velho. Mesmo que ele venha quebrar, rachar, deteriorar, vai ser tão bom saber que o momento em que foi útil e que estava ali, quando me via sorrir, quando me via chorar. Esse é o espelho que te vigia calado sem você perceber, mas quando quebra, sentimos falta da presença desse móvel, que por muitas vezes passa por despercebido na nossa rotina.

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