segunda-feira, 26 de novembro de 2018


O suicídio leva a muitos questionamentos, mas uma coisa é certa:

ninguém quer deixar de viver, o suicida não quer acabar com a própria vida, ele quer acabar com o sofrimento.

Este sofrimento é tão forte, tão cruel, tão profundo, que nada parece fazer sentido. A família, os amigos, a profissão, o dinheiro, a esperança, nada mais existe. Apenas aquele vazio, aquele buraco onde deveria haver tantos sentimentos, mas eles já se foram…

As forças para lutar se acabaram, e o que sobrou é usado para um último ato, na busca errônea pela solução de todos os problemas. E este ato, quando consumado, põe fim a uma vida, uma história, um destino e toda uma existência.

Vêm os questionamentos, a negação, a raiva, a culpa, a decepção, e muitos sentimentos negativos, pois ninguém espera que isto aconteça. A morte é dolorosa e o luto sempre vem acompanhado de sofrimento, mas, quando a morte foi uma escolha, uma decisão, um grito de socorro impossível de ser atendido, a dor é muito maior, não há comparação.

Quando se sobrevive a uma tentativa de suicídio parece que a pessoa vive um misto de gratidão com decepção, que depende do nível no qual está o vazio e a desesperança. Ao mesmo tempo em que se questiona por que não conseguiu, também se questiona se não é uma nova oportunidade de viver que está tendo e que deve aproveitar, mas ainda não sabe como. Se encontrar a ajuda certa é possível perceber outras saídas, entretanto, se não tiver esta ajuda necessária, em breve tentará de novo, e desta vez pode conseguir.

Ao vivenciar este sofrimento e viver com esta dor é muito difícil perceber que há uma realidade diferente para si mesmo, não se vê uma luz no fim do túnel, não se percebe uma saída. Tudo parece cinza, nada traz alegria e prazer, não existem bons sentimentos.

suicídio de jovens

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